Resumo Histórico

A União das Freguesias de Lamelas e Guimarei foi criada pela Lei 11-N2013 de 28 de janeiro, no ãmbito de uma reforma administrativa nacional. Esta união resulta da agregação das antigas freguesias de Lamelas e de Guimarei e tem a sua sede em Lamelas.

As Freguesias de origem…

Lamelas, situada na margem direita do rio Leça, pertence ao concelho de Santo Tirso, de cuja sede dista cerca de 5 quilómetros. O seu orago é Santa Eulália.

O topónimo Lamelas poderá ter origem geográfica, reportando-se às caraterísticas dos solos onde assenta.

A paróquia de Santa Eulália de Lamelas remonta à primeira metade do século XI, pois a sua igreja era já citada em 1044, no “Rol das Igrejas do Rei”. Até 1836, Lamelas pertenceu ao extinto concelho de Refojos de Riba d’Ave, tendo neste ano passado ao de Santo Tirso. O julgado ou “terra” de Refojos era constituído em meados do século XIII, por vinte e cinco paróquias, grande parte delas ainda existentes; o Mosteiro de S. Cristóvão, possivelmente da fundação dos “da Maia”, governadores da terra desde o século X, possuía diversos haveres, entre os quais três casais em Lamelas, mais propriamente no lugar de Froiães e outros prédios. Lamelas esteve anexa, para efeitos civis, à freguesia de Reguenga, desde 26 de março de 1896, a 2 de outubro do mesmo ano.

 

Lamelas foi uma tradicional terra de almocreves, assim como a freguesia de Reguenga, à qual Lamelas esteve anexa. Pela aldeia passava a estrada real do Porto para Guimarães e, junto do lugar de Carneiro, havia uma estalagem.

A nível patrimonial, merecem especial destaque a Igreja Paroquial, a capela de Santo António que infelizmente se encontra em ruínas, a Casa de Santa Eulália e os fontanários da Portela e da Fonte do Lobo. Merecem ainda uma visita um pequeno outeiro densamente florestado, onde existe um colossal e secular eucalipto.

No aspeto económico, a agricultura continua a ser a principal atividade económica da população; de forma a manter viva a memória das tradições, a tecelagem mantém-se no artesanato local.

A cultura é outra das formas de manter vivo o legado histórico e cultural, e para tal muito têm contribuído as coletividades aqui existentes, como é o caso do Rancho Folclórico de Santa Eulália de Lamelas e a Associação Cultural e Desportiva de Lamelas. Há ainda uma grande tradição ao Santo António, festejada com marchas e arraial.

Guimarei dista da sede do concelho de Santo Tirso aproximadamente 5 quilómetros, no distrito do Porto. Tem por orago S. Paio.

O topónimo Guimarei aparecia já documentado em 1046: “villa Guimaredi in ripa Ave” e a sua igreja integrava o “Rol das Igrejas do Rei”, documentado na primeira metade do século XIII; no entanto, dois séculos antes, um diploma dos “Portugaliea Monumenta Histórica” mencionava já a igreja de “sancti pelagi”, nesta antiga “terra de Refóios”. Nas Inquirições de 1258, aparece com a grafia “Guimarey”, forma com que mais frequentemente aparecia dos séculos XIII ao XVI.

A fundação da freguesia de Guimarei é muito recente, das mais recentes do concelho; foi uma abadia da apresentação da casa dos Brandões, da Torre-da-Marca, pois que João Sanches e a sua mulher Isabel Brandão a herdaram de Pedro Docém como seus parentes colaterais, juntamente com vários casais situados no antigo concelho de Refóios, hoje, Santo Tirso. A família dos Brandões tinha, nesta freguesia, um palácio designado como casa de Monfalim, com portão armoreado, em frente à Igreja Matriz. Alberto Pimentel faz-lhe a seguinte descrição: “A casa é vasta, com grande número de Monfalim, casado com a filha do último Conde de Terena, aqui vinha veranear”. A propriedade anexa era vastíssima, compreendendo cerca de 200 hectares de montados, designados “Monte do Sobrado ou do Fidalgo”, sobre a posse dos quais houve prolongado litígio com a Cãmara Municipal de Santo Tirso.

Do património cultural e edificado de Guimarei conserva-se ainda um belo cruzeiro no adro da sua igreja, com as armas dos “Brandões”, no fuste cilíndrico da coluna; os antigos edifícios do século passado, foram restaurados e adaptados ao turismo de habitação.

A população de Guimarei dedica-se essencialmente à agricultura; implantada num vale, a topografia local é pouco acidentada, permitindo a alternãncia dos campos de cultivo com as florestas, de grande beleza paisagística e também uma boa fonte de rendimento.

Brasão

Cacho de uvas

Reprenda as atividades económicas, nomeadamente a agricultura e especialmente a atividade vinícola que se encontra em crescimento.

Brandões

Representa a família dos Brandões a quem pertencia a apresentação da abadia de Guimarei.

Burelas ondadas

Representam o rio Leça